O
Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN) instaurou
procedimento para investigar a cobrança indevida de tarifas de embarque
no aeroporto de São Gonçalo do Amarante. As empresas aéreas que operam
no local serão oficiadas para cessarem a cobrança, uma vez que as regras
de concessão do aeroporto preveem que esse pagamento não deverá ser
exigido dos passageiros até todos os itens referentes à infraestrutura
aeroportuária do terminal, previstos no contrato, serem finalizados.
Em
reunião na tarde desta quarta-feira (2), a procuradora regional dos
Direitos do Cidadão, Caroline Maciel, ouviu do advogado da empresa
responsável por administrar o aeroporto (Inframérica), Rodrigo Cartaxo,
que nenhum valor está sendo repassado a título de tarifa de embarque,
das empresas para a concessionária. Apesar disso, informações que
chegaram ao MPF dão conta de que há companhias realizando, de fato, a
cobrança aos passageiros.
Os
ofícios enviados às empresas aéreas solicitarão informações se a
cobrança está sendo feita. Em caso positivo, a orientação do MPF é para
que cessem a exigência da taxa. Posteriormente, o objetivo é discutir
como os passageiros que já efetivaram o pagamento poderão ser
ressarcidos.
Estacionamento
– Durante a reunião desta quarta-feira, Caroline Maciel ressaltou ao
representante da Inframérica que o entendimento do Ministério Público
Federal é de que, atualmente, vem sendo cobrada uma “taxa de acesso”
indevida ao aeroporto, em vez da taxa de estacionamento.
A
conclusão parte do fato de que, conforme o modelo atual, qualquer
veículo que acessar o local e passar mais de 20 minutos antes de sair
tem de pagar uma tarifa, mesmo que não faça uso do estacionamento
propriamente dito. O questionamento foi repassado ao advogado da
concessionária e a Inframérica terá 48 horas para se posicionar sobre a
possibilidade de mudança do atual sistema.
Adequações
– A maior parte das medidas determinadas pelo MPF e acatadas pela
Inframérica, para solução dos problemas sanitários verificados no novo
aeroporto quando de sua inauguração, está sendo adotada dentro do
cronograma previsto. Na reunião desta quarta, o representante da empresa
comprovou a concretização de várias mudanças e obras definidas em
acordo, no início do mês de junho.
Apenas
os prazos para construção dos banheiros dos trabalhadores do Posto
Médico e das obras definitivas do sistema de tratamento de água tiveram
de ser, justificadamente, prorrogados por mais 60 dias. Nesse último
caso, o sistema provisório de tratamento vem operando normalmente e a
qualidade da água consumida está sendo analisada quinzenalmente. Os
relatórios de análise serão todos encaminhados ao MPF.
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