O jornalismo nasce como uma profissão marginal. O trabalho de letrados, muitos escritores que tinham como única alternativa de trabalho escrever para jornais e revistas para sustentar seus vícios.
O
jornalista era o “olhar dos de fora” dentro do mundo daqueles que
faziam a roda girar. Um chato, um malandro no modo “Zé pelintrisco” do
termo, que incomodava com suas perguntas que tinham por trás até mesmo
um “q” de recalque.
Hoje em dia é uma profissão de elites, não
que haja algo completamente errado com isso, contudo muda completamente
o sentido da comunicação.
Ao entrar na atividade da
Comunicação, rádio, jornal e até um pouco da televisão, a partir de
Mossoró, a cerca de 30 anos, tive como companheiros de estudo a classe
média alta mossoroense e de parte da capital Natal, e também a classe
média do interior do estado o que tornou tudo muito homogêneo.
Pessoas
iguais pensando de maneira parecida com apenas algumas arestas de
diferença e isso reflete no jornalismo que vemos sendo feito hoje.
O
filtro de notícias passa pelo olhar do profissional da comunicação,
quem determina o que é fato relevante ou não é ele, com pessoas que
possuem as mesmas ou diferentes e menores referências culturais, o
filtro se torna “standard” e temos como conseqüência a chatice e mesmice
como resultadas nas grandes mídias.
A profissão perdeu seu
caráter de chata, para se tornar glamorosa, com esnobismos e
exibicionismo como tudo que vende fama, tornou-se escrava da sua própria
vontade de se vender assim.
Redações sem conflitos ideológicos,
culturais e de experiências de vida perdem a vida, perdem o movimento e
esvanece seu sentido de ser.
Soma-se a isso a impossibilidade do
novo jornalista de pensar, afinal, sua bunda está quadrada na cadeira e a
apuração mais profunda é a validação das agências de notícias, porque
se ele não conseguir o “furo” no Blog, no Site no Portal rapidamente a
página perderá os “acessos”.
Poucos profissionais na redação e
que são obrigados a realizarem serviços de curadoria, assessoria e
outros, em setores que nem há um grande conhecimento, o culto ao
“amador” incentivado pelas próprias entidades da imprensa, e a
necessidade de não ficar para trás, ao invés de gerar conteúdo
importante.
Tudo isso tem seu lado bom, afinal, somente os
loucos e cheios de “vícios” é que se sujeitarão a esse tipo de trabalho
gerando novamente o conflito do saber dentro da profissão. De repente, o
fundo do poço do jornalismo será a salvação.
Qualquer pessoa,
não basta nem ter o mínimo de formação como seja a graduação na área de
comunicação que se autodenomina Blogueiro, jornalista, radialista,
colunista e assim vai.
Escreve o que quer, na maioria das vezes
de forma e linguagem erradas. Sem pontuação, sem construção de frases
gramaticalmente corretas, com agressão à moral e desmoralização às
famílias e cidadãos de bem.
Talvez, senhores profissionais da
comunicação, por isto estou DESEMPREGADO E EXCLUÍDO INJUSTAMENTE DO
CONTEXTO. Por quê? Com vocês a resposta.
Estou literalmente decepcionado!
Será
que já chegou a hora de dependurar as chuteiras e eu , com viseira nos
olhos, estou tendo um declínio maléfico e assim chegando ao fundo do
Poço? Ou estou ficando Louco?
Até um dia ou até breve, se sobreviver, nesta Selva de
Pedras e de homens insensíveis a tudo e a todos!
Aos comunicólogos e profissionais da Mídia Sucesso. Mesmo para aqueles que estão torcendo pelo meu FIM!
Francisco Canindé Costa (Chico Costa)
Nenhum comentário
Postar um comentário