Embora
alimente esperança de uma decisão favorável do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) sobre o direito ao tempo de televisão proporcional à sua
bancada, o PSD já avalia alternativas em caso de um revés.
O
cenário mais palatável à maioria, nas conversas informais, é uma ponte
com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que poderá tomar a
forma de uma fusão ou incorporação futura.
O
partido está convicto de que sem o tempo de televisão, já negado pela
Procuradoria-Geral e, no mérito, pelo atual presidente do Supremo
Tribunal Federal, Ayres Britto, o projeto sofre um abalo de morte porque
extingue seu poder de barganha nas alianças para as eleições
municipais.
Se
o desfecho for a derrota - o TSE deve julgar o caso depois de amanhã -,
já na quarta-feira a discussão estará posta no partido, com um clima
mais crítico à prevalência do interesse do prefeito Gilberto Kassab,
hoje concentrado na eleição paulistana. Um revés no tribunal precipitará
o distanciamento do PSDB, cuja parceria é hoje tolerada pela causa
paulista.
A
derrota ainda inviabiliza a expectativa de ser uma alternativa ao PMDB
no atual mandato de Dilma Rousseff, apostando em sua reeleição e
consequente participação no governo do segundo mandato. Sem tempo de TV,
o partido sofre uma desidratação que elimina seu principal poder de
barganha: o tamanho da bancada atual, de 52 parlamentares.
O
abraço com o PSB aumenta a bancada e a capilaridade do partido de
Campos, e abre uma alternativa de poder em 2018 para o PSD, que não
acredita na viabilidade eleitoral de José Serra nem de Aécio Neves para a
Presidência.
ICÉM CARAÚBAS
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